18 de set. de 2009

Tira da Mafalda

17 de set. de 2009

Sobre jovens e bebês


Assisti recentemente “Juno” (2007, 96 m, EUA, comédia), leve e sem hipocrisia.

O filme mostra situações de uma menina de 16 anos chamada Juno, que engravida de seu companheiro de classe Bleeker, e desiste de fazer um aborto. Com a ajuda do pai, da madrasta e da melhor amiga Leah, a jovem adolescente procura o casal "perfeito" para criar seu filho, e encara situações delicadas e incomuns para sua maturidade.

Ganhou diversos prêmios entre eles o Oscar de Melhor Roteiro Original, dirigido por
Jason Reitman. Com um soar pop, músicas alternativas e a intenção de transformar o que seria um drama em comédia, no entanto é mais "bonitinho" que a realidade.

A questão não é só encarar os fatos e ter uma família agregadora, mas a discussão de valores e tabus sociais. O filme não tem objetivos religiosos e nem levanta algum tipo de bandeira anti-aborto. Se fosse escrito desta forma, era de se esperar que ela não abortasse, ficasse com a criança e vivesse feliz para sempre. Mas o objetivo desta obra é outro… E também pode ser muito útil a reflexão.



E.R.

14 de set. de 2009

Tempos Modernos



A história desse filme se passa durante a década de 1930, nos EUA após a crise de 1929, chama-se “Tempos Modernos”, a última produção de Chaplin.


Esse filme apresenta o dia de trabalho em uma fábrica e faz crítica as desigualdades sociais, chegou a ser proibida a sua apresentação, por ser considerado socialista e subversivo.


No trecho apresentado alguns “cientistas” tentam alimentar o funcionário (Carlitos) enquanto ele trabalha, na tentativa de otimizar o trabalho. No ato seguinte o patrão pede para aumentar o ritmo na esteira de produção.


Na fábrica cada trabalhador desempenhava uma função e se ela fosse falha, desestruturava toda a sequência da produção. E mostra a clássica cena das engrenagens. Ao final Carlitos fica alucinado e começa a apertar todos os parafusos (ou os que se parecem com parafusos) que vê pela frente.


Foi apenas um trecho para dar gostinho.





Tempos Modernos




“Pensamos demasiadamente
Sentimos muito pouco
Necessitamos mais de humildade
Que de máquinas.
Mais de bondade e ternura
Que de inteligência.
Sem isso,
A vida se tornará violenta e
Tudo se perderá.”

(Charles Chaplin)


“Cada pessoa que passa em nossa vida, passa sozinha, é porque cada pessoa é única e nenhuma substitui a outra! Cada pessoa que passa em nossa vida passa sozinha e não nos deixa só porque deixa um pouco de si e leva um pouquinho de nós. Essa é a mais bela responsabilidade da vida e a prova de que as pessoas não se encontram por acaso.”

(Charles Chaplin)

11 de set. de 2009

Cinema Mudo


O que é o cinema mudo? Quem já ouviu falar de Charles Chaplin ou o Gordo e o Magro? Bom, eles são os mais famosos dos primórdios do cinema, em um momento no qual não havia ainda a técnica de sincronização de som e imagem, que permitissem os diálogos existentes hoje, que, às vezes, são inúteis e pouco explorados.

O filme mudo, também chamado de filme silencioso, não possui uma trilha sonora, os sons existentes acompanham os movimentos das personagens e suas emoções de forma a transmitir a intensidade da trama.

E antes da substituição dos filmes mudos aos sonoros, o acompanhamento musical era feito, normalmente, por um pianista ou pequena orquestra ao longo da exibição do filme ao vivo. Para que houvesse entendimento do conteúdo eram introduzidas legendas no filme para esclarecer as
situações para os espectadores.

Os primeiros filmes eram documentários, pequenas ficções e comédias, ambos retratando fatos do cotidiano, mas com destaque ao último que satirizava hábitos do dia a dia, da vida urbana, enfim, da sociedade mecanizada nas primeiras décadas do século XIX. Destacam-se na comédia
Ben Turpin, Buster Keaton, Harold Lloyd e Charles Chaplin, sem deixar esquecer de Oliver Hardy e Stan Laurel que formam a dupla “O Gordo e o Magro”.

Dentre as variedades indico “O Vagabundo”, interpretado, dirigido e escrito por Charles Chaplin. Foi a caracterização feita nesse filme que marcou o mundo do cinema, como Carlitos, usando chapéu-coco, bengala de bambu, sapatos grandes e, claro, o bigode. Transformou-se em símbolo do cinema, seja ele mudo ou “falante”, como também da comédia pastelão.

E.R.


Charles Chaplin


É, gente... é tudo em preto e branco mesmo... xD


10 de set. de 2009

Uma mera homenagem a um companheiro



Ele absorve minha essência de tal forma que não sei o que fazer senão estiver ao meu lado,
Fico agitada sem saber para onde correr
No entanto, fico possessa quando não faz o que peço
E, às vezes, dispersa em meus pensamentos esperando que ele volte e viva um pouquinho mais para mim
Me reduz a simples toques que fico maravilhada com sua eficiência
Mudei minha vida por ele, mudei meu ritmo
Ele de fato me enlouquece
Tornou-se tão íntimo que já faz parte de mim e do que sou
Ele contém todas as informações necessárias para que eu respire e sobreviva
É a coisa mais valiosa que possuo em minha vida
Enfim, sem ele eu não sou nada
Essa caixa toma todo o tempo da minha existência
Por favor PC, volte a funcionar xD



4 de set. de 2009

Para os que esperam cartas




Oi, tudo bom? Infelizmente, esta carta não é de quem você esperava. Mas, como eu sei direitinho como você se sente, talvez traga boas notícias.

Olha, desculpa minha sinceridade, mas a vida é muito curta para ficar aguardando pelos outros. Se quem você aguarda realmente se importasse com você, já teria dado algum sinal de vida. Parta para outra.

Já reparou numa certa pessoa que você conhece e tem uma quedinha por você? Não posso dizer quem é, mas pode ser alguém que trabalha do seu lado ou que mora perto da sua casa ou que freqüenta um mesmo lugar. Sei que se trata de uma pessoa bem legal, vale a pena procurar saber quem é. Fique de olho, tem um monte de gente reparando em suas qualidades. Aposto que, se você olhar em volta, neste instante, tem alguém olhando disfarçadamente para você. Pode não ser o seu tipo, mas já é uma dose de auto-estima, substância da qual você carece.

A verdade é que, enquanto você estiver assim, nessa interminável agonia, esperando notícias que nunca chegam, vai deixar passar várias possibilidades interessantes ao seu redor. Claro, ninguém se compara a quem você aguarda, mas quem você aguarda não está disponível no momento. Poderá, inclusive, nunca estar, apesar de tudo o que foi dito naquele dia. Pessoas que somem não são confiáveis.

E, mesmo que você tenha certeza absoluta de que não se trata de desprezo, que deve ter acontecido alguma coisa, que esse sumiço tem alguma explicação, não adianta nada você fi car aí esperando. Corroer-se de ansiedade não vai apressar a resolução do problema, seja ele qual for. Então, desencana.

Dá uma esquecida desse assunto, tenta focar as energias naquilo que depende da sua vontade. Caso seja necessário, para tirar de vez essa história da cabeça, mande você uma carta esculhambando e colocando um ponto final na questão.

O fato é que não dá para você continuar assim, desse jeito. Está todo mundo comentando.

Ninguém tem coragem de dizer isso para você, mas todos concordam comigo. Já chega.

Além do mais, se for para ser, será. Um dia, quando você menos espera, pinta um reencontro, sei lá. Mas até esse possível reencontro fica mais difícil se você não se abrir de novo para o lado inesperado da vida.

E, cá entre nós, se a pessoa que você aguarda é quem eu estou pensando, também não é nenhuma belezura assim. Você arruma coisa melhor.

Mande notícias, ficarei aguardando.


Fernanda Young (escritora, roteirista, apresentadora de tv e maravilhosa xD)
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FILMES e LIVROS ou FILMES versus LIVROS




Atualmente, a indústria cinematográfica aposta em filmes inspirados em livros best sellers, o que provocou o consumo da literatura, principalmente inglesa, em todo o mundo. Dentre eles estão “Senhor dos Anéis”, “Harry Potter”, a trilogia de Stephenie Meyer, C. S. Lewis com as “Crônicas de Nárnia” e muito mais.

A indicação de hoje é o filme “A Bússola de Ouro” da sequência de Philip Pullman, produzido em 2007, possui 113 minutos de duração e foi realizado por Chris Weitz.

A história trata de uma garota orfã de 11 anos, que vive numa faculdade de Oxford com o seu tio, Lord Asriel, em um mundo paralelo, uma outra dimensão, a qual se difere em muitos aspectos da nossa, por exemplo, cada pessoa traz consigo um animal que é a encarnação viva da sua alma, ou seja, sente tudo o que o humano sentir e vice-versa, chamado dímon.

Há críticas em relação ao filme, principalmente por parte da Igreja Católica, por conter em seu enredo traços ateístas, porém as metáforas de embate entre as religiões foram diluídas no filme, diferentemente dos livros. E assim constata-se outra crítica por parte do público: as alterações feitas na história, que nunca são bem-vindas, lembro-me do filme feito com o livro “O Código Da Vinci” de Dan Brown, para mim foi decepcionante, embora para quem não houvesse lido o livro tenha sido mais um filminho de ação.

Infelizmente não recomendo às crianças menores de 12 anos, por possuir algumas cenas violentas. Apesar dos pesares, “Bússola de Ouro”, indico às pessoas despossuídas de criatividade e imaginação, haha...



E.R.


2 de set. de 2009

Nunca recebi flores



Saio de minha casa. Chego ao trabalho.

Observo de longe algo que pareciam flores em minha mesa, dou uma olhada em volta, sondo por cá e por lá.

“Ué...” ─ Sento na cadeira em frente ao vaso. As flores soltam um lindo cacho de uma brancura limpa e exala um suave perfume.

Estou extasiada ─ “Mas quem me manda flores, não é meu aniversário e não conheço ninguém que por algum motivo me mandaria flores hehe...” ─ Que situação ridícula.

Procuro por um cartão, algum bilhete, alguma informação que me mostre quem enviou, porque, afinal, ─ “Nunca recebi flores”.

E elas são tão lindas ─ “Combinam bem com a minha mesa” ─ Penso que, sei lá, talvez fosse algum admirador secreto e tal.

Encontro um cartão no chão e nele leio: “Floricultura Rosas Douradas. Com amor e carinho para a mãe dos meus filhos” ─ “EPA!!! Não sou mãe ainda, não. Poxa vida! Tá, tá, não eram pra mim e como poderiam ser.

─ “Afinal, nunca recebi flores.”